Representantes de moradores das Asas Sul e Norte têm opiniões distintas sobre a decisão da Secretaria de Fiscalização das Atividades Urbanas (Sefau), que anunciou a derrubada das invasões de área pública ao redor das casas das quadras 700.O presidente do Conselho Comunitário da Asa Norte, Sérgio Paganine, vibrou com a decisão da Sefau. "Uma hora a secretaria tinha que tomar essa atitude, pois toda a lei deve ser cumprida", acredita. Para ele, o Serviço Integrado de Vigilância do Solo (Siv-Solo) deve derrubar imediatamente as obras que invadem área pública. "Chega de tolerância. Sei que as pessoas que ocuparam área pública sabiam que era irregular, então agora que sofram as consequências", afirma.Já a presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul, Eliete Bastos, não pensa de forma tão incisiva. "Nós éramos privilegiados por uma lei, então os moradores não queriam ir de encontro à lei", disse. Eliete sugere que se faça uma reunião entre a Sefau e os conselhos comunitários para ninguém sair perdendo. "Dessa forma, chegaremos a uma decisão pacífica para todos os lados", sugeriu.O arquiteto Carlos Magalhães, pioneiro da cidade, avalia que qualquer ocupação em área pública que não beneficie o povo, deve ser derrubada. "Tem que organizar um mutirão para fazer a derrubada, mas antes é preciso dar um prazo para que os moradores retirem seus pertences".
JORNAL DO BRASIL - 18/05/05 - EDICÃO ON LINE
JORNAL DO BRASIL - 18/05/05 - EDICÃO ON LINE